segunda-feira, 20 de março de 2017

De algum modo mágico, 1: isso ainda existe e 2: lembrei-me do login.
Assim sendo, resguardado pelo anonimato e pelo fato que ninguém mais entra aqui, posso agora expor todo tipo de pensamento jamais revelado, e todas as teorias sócio-político-econômicas que aperfeiçoei durante estes anos de silêncio. Toda sabedoria adquirida se revelará no pensamento maturado no tempo, em contraste com a ingenuidade e aparente inutilidade dos posts anteriores feitos na aurora da juventude.
A idéia era terminar esse texto com putaria no carnaval pra fazer uma graça nostálgica com essa clássica expressão. Aí percebi que estava sendo pouco original, nada mudou de quase uma década pra cá. Então pra ser diferente, usarei um clichê (essa frase foi um paradoxo interessante): letra de Raul

O que que você quer ser quando você crescer?
Alguma coisa importante
Um cara muito brilhante
Quando você crescer
Não adianta, perguntas não valem nada
É sempre a mesma jogada
Um emprego e uma namorada
Quando você crescer
E cada vez é mais difícil
De vencer
Pra quem nasceu pra perder
Pra quem não é importante...
É bem melhor
Sonhar, do que conseguir
Ficar em vez de partir
Melhor uma esposa ao invés de uma amante
Uma casinha, um carro à prestação
Saber de cor a lição,
Que no bar não se cospe no chão, nego
Quando você crescer
Alguns amigos da mesma repartição
Durante o fim-de-semana 
Você vai mais tarde pra cama
Quando você crescer
E no subúrbio, com flores na sua janela
Você sorri para ela
E dando um beijo lhe diz:
Felicidade
É uma casa pequenina
É amar uma menina
E não ligar pro que se diz
Belo casal que paga as contas direito
Bem comportado no leito
Mesmo que doa no peito
Sim...
Quando você crescer
E o futebol te faz pensar que no jogo
Você é muito importante
Pois o gol é o seu grande instante
Quando você crescer
Um cafézinho mostrando o filho pra vó
Sentindo o apoio dos pais
Achando que não está só
Quando você crescer
Tudo igual
Vai ser exatamente
O mesmo

Volto em uns 10 anos se estiver vivo pra ver o que ainda está igual.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Num outdoor na estrada, eu li: BUNDAÇO

Como pode? Ao chegar bem mais perto, mistério resolvido: era BLINDAÇO

Ainda acho que foi de propósito.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A descredibilidade do enredo de Bruna Surfistinha advém do fato que, na vida real, a original é feia pra caralho.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Minha senhora, se você entrou aqui procurando pelo Neck Lift, tenho uma opção caseira.

Ingredientes:
Fita adesiva
1 kg de açúcar

Modo de preparo:
Use a fita adesiva e cole o saco de açúcar na testa. Deite-se de barriga pra cima com a cabeça não apoiada, e fique levantando a cabeça forçando o pescoço.
Com mais prática, cole outros items domésticos no lugar do saco de açúcar. Quando você for capaz de levantar o carro da família, é bom pensar em parar (e/ou aparecer no Ratinho).

quarta-feira, 31 de março de 2010

Acabo de ver um fantástico comercial do Polishop: é o Neck Lift, um aparelho para mulheres exercitarem o pescoço a fim de evitar rugas. É um produto de alta qualidade e complexidade, composto por um pedaço de plástico e uma mola.

Podia ir direto pro Casseta e Planeta, sem edição nenhuma.

sábado, 27 de março de 2010

Eu não gosto muito do CQC (dizem que é um humor "refinado" ou de alto nível, quando a maioria das piadas são trocadilhos infames), mas essa reportagem de Barueri é demais

http://www.youtube.com/watch?v=SboCFBFpD4s

Essa semana um ex professor da faculdade se matou, pulando do prédio. A reclamação de um colega que mora no mesmo prédio foi que eles tiveram que limpar, porque a polícia tirou só o 'grosso', mas a meleca espatifou longe -me fazendo lembrar da recente fase necrocarol.
Numa outra observação, a saída de bonobo matou o blog. FDP!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ontem, eu estava na sala de espera do médico, e havia um pentelhinho júnior que ia fazer ultrassom, e que precisava ficar com a bexiga cheia. A vez dele já era a próxima, só que ele tava doido pra fazer xixi e ficava importunando a mãe. Aí, ela foi até a atendente, e perguntou se não tinha como agilizar, que o moleque queria ir no banheiro. A atendente foi lá dentro, voltou, e disse que não tinha como, que estavam usando o aparelho, mas que assim que liberasse ela chamava. E sugeriu: "Por que você não leva ele ao banheiro e fala pra ele urinar só um pouquinho?"
Até o moleque de 8 anos fez uma cara de "Quê que essa débil mental tá falando", e depois quietou.

Nota: Bonobo em sua análise dos estilos dos autores do blog até agora só se estrupiou, pois eu só escrevi bobagens do dia a dia e Carol escreveu posts sérios e com temas específicos.

Nota 2: PQP, desvendei mais um mistério. Eu voltei nas postagens antigas, pra ver de novo a definição do bonobo sobre os estilos, e pra ver se alguns posts velhos seguiam a lógica. Aí achei meu post sobre vídeos no youtube, com umas músicas do Tom Jobim. E meu comentário depois, que fiquei vendo vídeos de um negrão chamado Naudo, que foi comparado fisicamente ao Jimi Hendrix, e depois ao Olavo Bilac. Aí, pra ter certeza que eu não estava ficando louco, procurei por Olavo Bilac nas figuras do Google. Não é que apareceu um negrão igualzinho? Do site Moçambique para todos: Cantor Olavo Bilac e Alexandra dizem hoje o 'sim'. Agora tudo faz sentido e posso dormir em paz.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Outro dia ouvi o Pedro Bial na tv, e lembrei de uma antiga picuinha que eu tinha com o Big Brother. Agora já acostumei, e não ligo mais (agora até parece que sou um grande viciado. Pra falar a verdade, assisti semana passada pela primeira vez a um programa do início ao fim). Mas quando ouvi pela primeira vez ele chamando os participantes de brothers, fiquei puto. E mais ainda quando chamou as mulheres de sisters. Deturpação total do sentido do nome do programa.
Falando em Big Brother, eu já tinha visto que o nome da conta do twitter da Tessália era twittess, mas só agora há pouco me dei conta, sem motivo, que é um trocadilho com o nome dela. Pra mim, era só a terminação em inglês, igual goddess ou mistress. E, falando em Tessália, é bom escrever Tessália várias vezes, pois atrai mais visitantes, principalmente se acompanhado de palavras como Tessália boquete, boqueteira, xupeteira, blowjob, oral, bola gato, mamando, pelada, e etc. Quero dizer, o carnaval passou e não tivemos visitantes atrás de putaria. Inaceitável, esse blog está muito politicamente político e correto.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Anteontem eu estava me trocando, liguei a TV e estava no Telecine Premium. O filme: Última Parada 174. Eu assisti ao filme no cinema, mas acabei vendo a última meia hora de novo.
Não é um filme bom...ao contrário, é bem ruinzinho. Na verdade, eu acho que os idealizadores do filme deram um tiro no pé quando decidiram produzi-lo; se já existe um documentário primoroso sobre a história, qualquer obra de ficção teria que se esforçar muito para parecer boa.

"Ônibus 174", o documentário, esse sim é muito bom. Os mais inflamados no que diz respeito a questões ligadas à violência e à segurança pública certamente o detestarão. Isso porque pode haver a impressão de que o filme é uma defesa apaixonada do Sandro, na medida em que a história de sua vida é contada de maneira a explicar, em partes, como ele se transformou no que era. Odeio determinismo (aliás, a contracapa do DVD é péssima, e diz algo como "mostra como Sandro não poderia deixar de ser um criminoso), mas o filme mostra como a exposição à violência é um combustível e tanto para que a vítima também assuma condutas violentas. E não me refiro apenas à Chacina da Candelária, à qual sobreviveu o Sandro, mas a todo seu histórico de exposição às mais diferentes manifestações de violência.

Antes que alguém pense "Mas muitos são expostos à violência e não se tornam violentos!!", eu digo: verdade. Por isso mesmo, rechaço teses deterministas. Mas a vida, e o que fazemos dela, é o resultado de muitas decisões, acasos, pequenos lances de sorte, erros, acertos...e o seu background ajuda a moldar tudo isso, fato. Sobre essa questão da exposição à violência, a organização para a qual trabalho agora está desenvolvendo uma pesquisa bastante interessante em parceria com o Ministério da Justiça. O produto dessa pesquisa, grosso modo, é o chamado "Índice de Vulnerabilidade Juvenil".

O que mais me choca na história do sequestro do ônibus 174 é a frieza com que a morte do Sandro foi tratada. Falando da maneira mais clara possível: Sandro, rendido, foi assassinado dentro do camburão. E as pessoas ficaram meio: OKAY! Afinal, a polícia fez o que qualquer um faria naquele momento...Algumas considerações:
1. Eu não faria
2. A Polícia jamais poderia tê-lo feito

E é por isso que acho o documentário monumental. Ele vem colocar o dedo na ferida (clichê, I know) para dizer: tudo bem, vocês aplaudiram o assassinato do Sandro, mas agora vou contar algumas coisas sobre ele que vão deixar todo mundo de cabelo em pé. E é uma ironia enorme do destino que o Sandro tenha sido personagem, ora coadjuvante, ora principal, de duas das maiores atrocidades cometidas por policiais cariocas (melhor falar em policiais do que em Polícia, como corporação). A Chacina da Candelária, para mim, é um episódio inesquecível. Oito crianças e adolescentes assassinados na calada da noite por policiais. O estrago só não foi pior porque muitos estavam acordados e conseguiram fugir.

Daqui a três anos, serão 20 anos de Candelária. Eu gostaria de poder fazer algo pela memória desse episódio, porque acho que ele não pode cair no esquecimento jamais. Foi muito sério. E ninguém foi punido. Um dos sobreviventes acabou morrendo alguns anos depois, dentro de um camburão*. Outro, vive na Suíça, sob um programa de defesa de testemunhas, já que foi alvo de atentado semelhante pouco tempo depois.

É isso.

*NÃO acho que o que aconteceu com o Sandro foi consequência imediata do que aconteceu na Candelária, acho que ficou bem claro..

ps: Estou considerando muito seriamente fazer uma pós/especialização em segurança pública, mas na cidade de SP só há duas. Vou ver qualé a dessas duas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Agora há pouco, eu esqueci minha idade, e ao invés de ficar contando, entrei no orkut pra ver. São as maravilhas modernas.
Apaguei todo o imenso resto deste post. Bah, talvez devesse ter salvo no bloco de notas pra algum dia mais 'foda-se'. Mas apagado está. E inventarei embromações quando questionado sobre o suprimido conteúdo, não porque tenha motivo, mas pra causar polêmica mesmo.