quinta-feira, 17 de junho de 2010

Minha senhora, se você entrou aqui procurando pelo Neck Lift, tenho uma opção caseira.

Ingredientes:
Fita adesiva
1 kg de açúcar

Modo de preparo:
Use a fita adesiva e cole o saco de açúcar na testa. Deite-se de barriga pra cima com a cabeça não apoiada, e fique levantando a cabeça forçando o pescoço.
Com mais prática, cole outros items domésticos no lugar do saco de açúcar. Quando você for capaz de levantar o carro da família, é bom pensar em parar (e/ou aparecer no Ratinho).

quarta-feira, 31 de março de 2010

Acabo de ver um fantástico comercial do Polishop: é o Neck Lift, um aparelho para mulheres exercitarem o pescoço a fim de evitar rugas. É um produto de alta qualidade e complexidade, composto por um pedaço de plástico e uma mola.

Podia ir direto pro Casseta e Planeta, sem edição nenhuma.

sábado, 27 de março de 2010

Eu não gosto muito do CQC (dizem que é um humor "refinado" ou de alto nível, quando a maioria das piadas são trocadilhos infames), mas essa reportagem de Barueri é demais

http://www.youtube.com/watch?v=SboCFBFpD4s

Essa semana um ex professor da faculdade se matou, pulando do prédio. A reclamação de um colega que mora no mesmo prédio foi que eles tiveram que limpar, porque a polícia tirou só o 'grosso', mas a meleca espatifou longe -me fazendo lembrar da recente fase necrocarol.
Numa outra observação, a saída de bonobo matou o blog. FDP!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ontem, eu estava na sala de espera do médico, e havia um pentelhinho júnior que ia fazer ultrassom, e que precisava ficar com a bexiga cheia. A vez dele já era a próxima, só que ele tava doido pra fazer xixi e ficava importunando a mãe. Aí, ela foi até a atendente, e perguntou se não tinha como agilizar, que o moleque queria ir no banheiro. A atendente foi lá dentro, voltou, e disse que não tinha como, que estavam usando o aparelho, mas que assim que liberasse ela chamava. E sugeriu: "Por que você não leva ele ao banheiro e fala pra ele urinar só um pouquinho?"
Até o moleque de 8 anos fez uma cara de "Quê que essa débil mental tá falando", e depois quietou.

Nota: Bonobo em sua análise dos estilos dos autores do blog até agora só se estrupiou, pois eu só escrevi bobagens do dia a dia e Carol escreveu posts sérios e com temas específicos.

Nota 2: PQP, desvendei mais um mistério. Eu voltei nas postagens antigas, pra ver de novo a definição do bonobo sobre os estilos, e pra ver se alguns posts velhos seguiam a lógica. Aí achei meu post sobre vídeos no youtube, com umas músicas do Tom Jobim. E meu comentário depois, que fiquei vendo vídeos de um negrão chamado Naudo, que foi comparado fisicamente ao Jimi Hendrix, e depois ao Olavo Bilac. Aí, pra ter certeza que eu não estava ficando louco, procurei por Olavo Bilac nas figuras do Google. Não é que apareceu um negrão igualzinho? Do site Moçambique para todos: Cantor Olavo Bilac e Alexandra dizem hoje o 'sim'. Agora tudo faz sentido e posso dormir em paz.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Outro dia ouvi o Pedro Bial na tv, e lembrei de uma antiga picuinha que eu tinha com o Big Brother. Agora já acostumei, e não ligo mais (agora até parece que sou um grande viciado. Pra falar a verdade, assisti semana passada pela primeira vez a um programa do início ao fim). Mas quando ouvi pela primeira vez ele chamando os participantes de brothers, fiquei puto. E mais ainda quando chamou as mulheres de sisters. Deturpação total do sentido do nome do programa.
Falando em Big Brother, eu já tinha visto que o nome da conta do twitter da Tessália era twittess, mas só agora há pouco me dei conta, sem motivo, que é um trocadilho com o nome dela. Pra mim, era só a terminação em inglês, igual goddess ou mistress. E, falando em Tessália, é bom escrever Tessália várias vezes, pois atrai mais visitantes, principalmente se acompanhado de palavras como Tessália boquete, boqueteira, xupeteira, blowjob, oral, bola gato, mamando, pelada, e etc. Quero dizer, o carnaval passou e não tivemos visitantes atrás de putaria. Inaceitável, esse blog está muito politicamente político e correto.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Anteontem eu estava me trocando, liguei a TV e estava no Telecine Premium. O filme: Última Parada 174. Eu assisti ao filme no cinema, mas acabei vendo a última meia hora de novo.
Não é um filme bom...ao contrário, é bem ruinzinho. Na verdade, eu acho que os idealizadores do filme deram um tiro no pé quando decidiram produzi-lo; se já existe um documentário primoroso sobre a história, qualquer obra de ficção teria que se esforçar muito para parecer boa.

"Ônibus 174", o documentário, esse sim é muito bom. Os mais inflamados no que diz respeito a questões ligadas à violência e à segurança pública certamente o detestarão. Isso porque pode haver a impressão de que o filme é uma defesa apaixonada do Sandro, na medida em que a história de sua vida é contada de maneira a explicar, em partes, como ele se transformou no que era. Odeio determinismo (aliás, a contracapa do DVD é péssima, e diz algo como "mostra como Sandro não poderia deixar de ser um criminoso), mas o filme mostra como a exposição à violência é um combustível e tanto para que a vítima também assuma condutas violentas. E não me refiro apenas à Chacina da Candelária, à qual sobreviveu o Sandro, mas a todo seu histórico de exposição às mais diferentes manifestações de violência.

Antes que alguém pense "Mas muitos são expostos à violência e não se tornam violentos!!", eu digo: verdade. Por isso mesmo, rechaço teses deterministas. Mas a vida, e o que fazemos dela, é o resultado de muitas decisões, acasos, pequenos lances de sorte, erros, acertos...e o seu background ajuda a moldar tudo isso, fato. Sobre essa questão da exposição à violência, a organização para a qual trabalho agora está desenvolvendo uma pesquisa bastante interessante em parceria com o Ministério da Justiça. O produto dessa pesquisa, grosso modo, é o chamado "Índice de Vulnerabilidade Juvenil".

O que mais me choca na história do sequestro do ônibus 174 é a frieza com que a morte do Sandro foi tratada. Falando da maneira mais clara possível: Sandro, rendido, foi assassinado dentro do camburão. E as pessoas ficaram meio: OKAY! Afinal, a polícia fez o que qualquer um faria naquele momento...Algumas considerações:
1. Eu não faria
2. A Polícia jamais poderia tê-lo feito

E é por isso que acho o documentário monumental. Ele vem colocar o dedo na ferida (clichê, I know) para dizer: tudo bem, vocês aplaudiram o assassinato do Sandro, mas agora vou contar algumas coisas sobre ele que vão deixar todo mundo de cabelo em pé. E é uma ironia enorme do destino que o Sandro tenha sido personagem, ora coadjuvante, ora principal, de duas das maiores atrocidades cometidas por policiais cariocas (melhor falar em policiais do que em Polícia, como corporação). A Chacina da Candelária, para mim, é um episódio inesquecível. Oito crianças e adolescentes assassinados na calada da noite por policiais. O estrago só não foi pior porque muitos estavam acordados e conseguiram fugir.

Daqui a três anos, serão 20 anos de Candelária. Eu gostaria de poder fazer algo pela memória desse episódio, porque acho que ele não pode cair no esquecimento jamais. Foi muito sério. E ninguém foi punido. Um dos sobreviventes acabou morrendo alguns anos depois, dentro de um camburão*. Outro, vive na Suíça, sob um programa de defesa de testemunhas, já que foi alvo de atentado semelhante pouco tempo depois.

É isso.

*NÃO acho que o que aconteceu com o Sandro foi consequência imediata do que aconteceu na Candelária, acho que ficou bem claro..

ps: Estou considerando muito seriamente fazer uma pós/especialização em segurança pública, mas na cidade de SP só há duas. Vou ver qualé a dessas duas.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Agora há pouco, eu esqueci minha idade, e ao invés de ficar contando, entrei no orkut pra ver. São as maravilhas modernas.
Apaguei todo o imenso resto deste post. Bah, talvez devesse ter salvo no bloco de notas pra algum dia mais 'foda-se'. Mas apagado está. E inventarei embromações quando questionado sobre o suprimido conteúdo, não porque tenha motivo, mas pra causar polêmica mesmo.
Ah, e achei o texto que a Carol fala aí embaixo. Eu ia por só o link, mas grudando o texto todo ganhamos mais palavras pra buscas, além de prevenção no caso da página original sair do ar (é de 2005)

Entrevista do economista queniano James Shikwati à revista Veja de 10-08:

Veja – No mês passado, os sete países mais ricos concordaram em aumentar para 50 bilhões de dólares por ano a ajuda humanitária para a África. É uma boa notícia, não?
Shikwati – É bom para os países ricos, como manobra de relações públicas. Como medida útil para a criação de riqueza, que é o que os países africanos precisam, as doações não ajudam em nada. Se você der dinheiro a um mendigo e voltar a vê-lo na rua no dia seguinte, não se pode dizer que você o tenha ajudado. Ele continua mendigando. É isso que está acontecendo na África. Os países ricos anunciam mais e mais doações a cada ano. Temos de parar com isso. É preciso tirar o mendigo da rua. Temos de descobrir os potenciais desse mendigo, pois isso sim poderá melhorar sua vida. A África necessita é de uma chance para ser capaz de administrar e comercializar as próprias riquezas.

Veja – Por que as doações internacionais são ruins para a África?
Shikwati – Na década de 80, a África Subsaariana recebeu 83 bilhões de dólares em auxílio. No mesmo período, o padrão de vida na região caiu 1,2% ao ano. A doação só tornou os países africanos mais dependentes de ajuda. Precisamos conquistar a capacidade de resolver nossos problemas sozinhos. Minha mensagem é: "Por favor, não dificultem as coisas para nós. Não nos impeçam de pensar por nossa própria conta com essa política de nos afundar em dinheiro fácil".

Veja – De que maneira, exatamente, o dinheiro atrapalha?
Shikwati – O dinheiro da ajuda internacional prejudica o setor produtivo e a livre-iniciativa. No Quênia, parte do dinheiro que veio de doações internacionais foi investida no setor de telecomunicações, controlado pelo Estado de forma ineficiente. Desse modo, fica difícil para o setor privado competir com as empresas estatais. A situação na agricultura é ainda pior. O envio de toneladas e toneladas de alimentos atrapalha os produtores locais. Eles param de produzir o pouco que têm, porque são incapazes de competir com os alimentos distribuídos gratuitamente à população. Assim, criam-se novas famílias de pessoas pobres, que passam a depender da ajuda internacional. É uma espiral sem fim, que também desestimula o comércio de alimentos entre os países africanos. Se falta comida no Quênia, devido a uma seca, em vez de tentarmos fazer negócios com os países vizinhos, como Uganda e Tanzânia, pedimos comida aos países europeus ou aos Estados Unidos. Tudo o que nossos líderes precisam fazer é desenvolver estratégias para garantir que a ajuda financeira continue chegando.

Veja – O que o leva a pensar dessa forma?
Shikwati – Eu venho de uma região rural do Quênia e tive uma infância pobre. Quando entrei na faculdade, passei a me interessar pelos problemas africanos. Comecei a entender que capitalismo não é feito apenas com dinheiro, mas também com recursos humanos. Se você me der bilhões de dólares e eu não estiver preparado para saber o que fazer com isso, será dinheiro jogado fora. É sob essa perspectiva que eu interpreto os problemas da África.

Veja – Não é crueldade deixar sem ajuda os milhões de famintos da África?
Shikwati – Não é. Se você deixar a África lidar com seus problemas sozinha, o continente não vai fracassar ou morrer. Se os governos dos países desenvolvidos continuarem agindo como nossas babás, no entanto, nunca conseguiremos entrar na economia global. O caminho para o nosso desenvolvimento é ter acesso livre a outros mercados e conseguir investimentos externos.

Veja – Como fazer isso?
 Shikwati – Os problemas que impedem a África de criar riqueza são, na verdade, institucionais. Eles limitam a capacidade do continente de expandir o próprio mercado. As alíquotas de importação de alimentos entre os países africanos são, em média, de 33%, comparados aos 12% que os produtos importados da Europa pagam por aqui. Se conseguíssemos abrir a África para os africanos, muitos dos problemas de desnutrição nunca chegariam a um nível crítico. Temos de convencer nossos governantes a abrir os mercados e a estimular a população a produzir. Os 50 bilhões de dólares que os países ricos querem nos dar serão um presente de grego. O único efeito será impedir o desenvolvimento do mercado interno africano. Vamos continuar para sempre dependentes de ajuda internacional.

Veja – O que a África tem para oferecer no mercado global?
Shikwati – Concordo que não há na África um setor produtivo comparável ao de outras regiões. O pouco que existe está sendo destruído pela ajuda internacional. Em 1997, havia 137 000 empregados na indústria têxtil da Nigéria. Em 2003, eram apenas 57 000. Porque os países ricos nos inundam com roupas doadas, que vão abastecer os mercados de rua nas cidades africanas. O que temos a oferecer são riquezas naturais, como ouro, petróleo, diamantes e um povo com um potencial que merece receber investimento.

Veja – O governo dos Estados Unidos anunciou que só fará doações aos países africanos menos corruptos. Essa é uma boa estratégia?
Shikwati – Antes de tudo, é preciso perguntar o que causa a corrupção. Os países ricos dizem que os pobres são corruptos. De onde vem o dinheiro roubado pelos corruptos? No caso da África, esse dinheiro vem dos Estados Unidos e da Europa. Boa parte dos alimentos doados é revendida pelos políticos nos armazéns de suas tribos. Americanos e europeus têm boas intenções, mas a ajuda internacional corrompe os governantes africanos. Concordo que a corrupção é um problema crônico no continente, mas ela não está no gene africano. Os próprios africanos precisam aprender a policiar a roubalheira de seus governantes.

Veja – É possível um país ter ao mesmo tempo desenvolvimento e dirigentes políticos corruptos?
Shikwati – É uma raridade. Quanto maior o fluxo de informações em um país, mais difícil é para as autoridades cometer atos ilícitos. Os países desenvolvidos são aqueles em que há liberdade na divulgação de notícias. Um dos motivos da corrupção na África é a falta de informação. Pergunte a um africano quanto de ajuda financeira seu país recebe por ano. Ele não saberá responder, porque o governo não divulga os dados. Na África, damos poder demais aos nossos governantes, e isso estimula a corrupção.

Veja – Como os regimes ditatoriais são afetados pelas doações internacionais?
Shikwati – Sem os donativos seria mais fácil se livrar dos ditadores. A ajuda financeira vem sempre acompanhada de uma política equivocada. Os governos usam o dinheiro para a guerra e para a compra de votos. Se um ditador tem apoio financeiro garantido, ele dificilmente vai se importar com a situação de seus cidadãos. Jeffrey Sachs (diretor do programa Metas de Desenvolvimento para o Milênio, da ONU) diz que o dinheiro deveria ser entregue não aos políticos, mas à população. O que ele quer? Uma África sem líderes? Não é uma questão de entregar o dinheiro nas mãos de políticos ou nas de cidadãos. A solução é não dar dinheiro algum.

Veja – O pensador americano Francis Fukuyama diz que a causa do subdesenvolvimento é a falência do Estado. O senhor acha que seria mais proveitoso se os países ricos ajudassem os pobres a construir as próprias instituições e leis, em vez de dar ajuda em dinheiro?
Shikwati – De forma alguma. Um país não pode ajudar o outro a construir o seu Estado. Isso se chama interferência. Se for do interesse das empresas dos países ricos lucrar nos países pobres, não devemos impedi-las. Mas não podemos permitir que governos venham fazer negócios em nome dessas companhias. O conhecimento técnico deve ser levado por empresas dispostas a se instalar na África. É preciso também permitir que os cidadãos de países em desenvolvimento circulem livremente pelos países ricos. Nossos jovens precisam viajar e estudar no Primeiro Mundo. Só assim estarão preparados para construir o próprio país.

Veja – Jeffrey Sachs diz que muitos problemas da África têm soluções bem simples, como a distribuição de mosquiteiros e a adoção de programas de educação sexual. O senhor concorda?
 Shikwati – Sachs sabe muito bem o que os países ricos fizeram para combater a malária no tempo em que a doença existia na Europa. Eles não utilizaram mosquiteiros. Então por que prescrever isso para a África? Os mosquitos não esperam a pessoa dormir para picá-la. Deveríamos investir em projetos para erradicar o mosquito, porque ele sim é a causa da malária. Quanto aos programas de educação sexual, não precisamos que Sachs venha nos dizer isso. É por essa razão que critico a tendência da ONU de assumir o papel de babá dos pobres. Se isso acontecer, os africanos se tornarão uns zumbis, uns inúteis que não sabem de nada.

Veja – Por que só a África fica de fora do crescimento global?
Shikwati – A pobreza na África é artificial. Ou seja, é criada pelas guerras e por governantes corruptos. Os líderes lutam por causas nacionalistas, passando por cima das fronteiras, impedindo o desenvolvimento do comércio regional. Dessa forma se multiplica o número de pobres. Note que a ajuda financeira à África está baseada em estatísticas exageradas. Se os dados sobre a aids fossem corretos, todos os quenianos estariam mortos. Recentemente se descobriu que não são 3 milhões de infectados, e sim 1 milhão. A aids tornou-se uma doença política, usada como apelo de marketing para atrair mais dinheiro em doações externas. É triste que isso esteja acontecendo, porque as pessoas estão realmente morrendo.

Veja – No fim da II Guerra, a Alemanha estava em ruínas. Recuperou-se em poucos anos com a ajuda financeira dos Estados Unidos. Um Plano Marshall seria uma solução para a África?
Shikwati – A Alemanha, antes da guerra, não estava no mesmo estágio em que se encontra hoje a África. Era um país industrializado, com instituições consolidadas. Bastou injetar dinheiro e iniciar a reconstrução para a indústria alemã retomar a produção. A África não mudou quase nada desde a independência. É preciso começar do zero, o que complica qualquer plano de desenvolvimento.

Veja – Por que o senhor acha que a Europa está tão empenhada em ajudar os países africanos?
Shikwati – Primeiro, porque os europeus foram os colonizadores e pretendem se manter influentes no continente. Há interesses concretos, como conquistar o apoio africano nas negociações na Organização Mundial do Comércio. A forma encontrada para garantir essa influência é inundar os governos africanos com dinheiro. Há outra razão, talvez mais emocional. Os países ricos querem se sentir bem. É como se dissessem: "Nós somos os mocinhos, estamos ajudando".

Veja – O Brasil busca o apoio da África para sua candidatura a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Isso o coloca na categoria dos países que querem exercer influência na África?
Shikwati – Pelo menos no caso do Brasil isso é feito às claras. O país não esconde suas intenções. Um dos meus argumentos contra as doações é que os representantes dos países ricos não vêm aqui e dizem: "Olha, meu amigo, eu lhe dou esse dinheiro e você me dá seu apoio na ONU". É uma negociação, mas eles disfarçam. Se for do interesse da África aceitar a ajuda brasileira em troca de um voto na ONU, que seja assim. Isso é normal nas relações internacionais. O que não se pode é esconder isso da população. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Agora, sobre o Invictus, novo filme do Clint Eastwood.
MIJULGAO, mas eu não sabia que era uma história real até aparecerem cenas da história verdadeira no final do filme. HYS.
Eu tenho uma admiração inabalável pelo Mandela (ah, cê jura?). Para mim, o fato desse senhor ter ficado 27 anos preso -minha vida mais dois anos! - por uma causa e ter saído de lá sereno e pronto para lutar pela democracia faz dele uma das figuras mais incríveis de toda a História.
E o filme mostra que ele tinha um grande senso de oportunidade, e viu no rugby e na Copa do Mundo de rugby uma ferramenta em potencial para formar as bases da reconciliação sul-africana e da transformação daquele país em uma sociedade multirracial de verdade.
Eu já li críticas que dizem que o filme exagerou na dose, como se aquela questão fosse a mais importante para o Mandela, a ponto de que ele abandonasse reuniões e grandes compromissos para acompanhar a Copa do Mundo. DUH. Isso é o que eu chamo de crítica idiota.
O filme conta a história do envolvimento do Mandela nesse lance do rugby e tal. O que ele deveria mostrar, encontros do Mandela com o Papa? Negociações comerciais? É claro que o Clint Eastwood deu uma exagerada para tornar o filme mais interessante. Aliás, ficou bem legal essa construção do Mandela, que em algumas cenas se mostra interessado no rugby apenas como esporte, sendo questionado por sua assessora se o rugby ainda era um "assunto político" para ele.
Uma crítica que eu faço ao filme é que em alguns momentos fica parecendo que o Mandela só abria a boca para fazer declarações bombásticas e poéticas. Uma coisa meio teatro, sabe? Mas esse clima acaba sendo compensado pelos momentos Mandela-fã-de-rugby e Mandela-humano-em-crise-com-a-família. De todo modo, eu acho que retratar o Mandela e não exacerbar as virtudes dele como líder político - e como ser humano..! - é meio que impossível. O cara é foda.
Eu quero saber melhor como isso aconteceu na realidade. Mas o que o filme mostra é que a ousadia do Mandela como líder de um país que acabava de sair do Apartheid, e os ideais do Mandela como um cara que ficou VINTE E SETE ANOS PRESO por acreditar que poderia existir uma democracia racial, fizeram com que o rugby aglutinasse a população sul-africana em torno de um elemento comum. E a maior genialidade da história toda é que se tratava de um elemento extremamente improvável, um esporte que era até então o símbolo da própria segregação racial.
Exageros à parte - incluindo os looooooooooooongos minutos de rugby -, o filme conta uma história que merece ser contada e recontada. Não é só o Nelson Mandela e tudo que ele representa, mas a inteligência política dele também.

Começo com uma notícia para os internacionalistas, se é quem algum lê esse humilde brógui.

Aliás, se é quem algum dos internacionalistas que eu conheço tem interesse nessa notícia...:

http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2010/02/100203_sudanbashiriccaws.shtml

Muito bem!

Falando em África, lembrei de um artigo bem longo mas também muito interessante que li há tempos atrás, sobre a Somália.

http://www.foreignpolicy.com/articles/2009/02/16/the_most_dangerous_place_in_the_world

É, o título é THE MOST DANGEROUS PLACE IN THE WORLD. É bem interessante. Eu sou meio doida da Somália (e de Ruanda, claro!), a história recente do país me instiga muito. É assustador como a Somália se desintegrou como Estado-nação e hoje é apenas um território controlado por clãs e onde a violência está muito além dos limites. Uma terra de ninguém, for real. Sem querer tirar a parcela de responsabilidade dos próprios somalianos por esse destino trágico – até porque isso os colocaria em uma posição de grandes vítimas incapazes de cuidar da própria vida e inimputáveis, o que é errado -, a Somália é mais um exemplo de país largado a própria sorte..E nesse caso, por um motivo bastante concreto, dentre outros: a morte de 18 soldados norte-americanos em 1993, durante a missão de paz da qual participavam. Aliás, essas 18 mortes ajudam a entender, em parte, porque tão pouco se fez para conter o genocídio em Ruanda enquanto a escalada em direção à cifra de OITOCENTOS MIL MORTOS estava no começo.

Pra quem tem interesse em Ruanda (CUMA?):

- Hotel Ruanda – mais blockbuster, mas é um bom filme! E conta a história de uma dessas pessoas que tinham mil defeitos e acabaram agindo como heróis, after all..

- Tiros em Ruanda (Shooting the Dogs) – bom também, as cenas finais fazem até o dono do mais duro coração chorar. E isso, vindo de mim, ok? E o porquê do nome em inglês é bem interessante, tem que ver o filme pra descobrir.

- Abril Sangrento (Sometimes in April) – é o mais “chatinho”, meio lento e com mais detalhes jurídicos no final, mas o enredo é bacana. Ponto de partida: dois irmãos, um que se alia aos hutus e o outro que tem a família massacrada pelos genocidas. O irmão que se alia aos hutus vai a julgamento no tribunal ad hoc criado pela ONU para julgar os crimes de guerra em Ruanda.

Essa história de países largados à própria sorte me faz pensar muito no Haiti. Acho incrível toda essa solidariedade internacional para reconstruir o país depois do terremoto. Mas me digam, que país é esse que vão reconstruir? É a mesma lógica das missões de peacekeeping da ONU. Que peace existe to keep? Chamar de operações de peacekeeping muitas dessas intervenções é uma hipocrisia, porque elas chegam a países mergulhados no caos e sequer conseguem controlar a violência que encontram ali. O que a MINUSTAH fez no Haiti foi peacebuilding, e vão ter que fazer de novo, porque a violência está explodindo novamente. Parece que fez bem, mas aproximadamente 5.500 presos fugiram da penitenciária de Porto Príncipe após o terremoto, e já estão se reorganizando em gangues conhecidas pela brutalidade com que agiam. É claro que grande parte deles, senão a maior, foram presos por terem cometido crimes de baixo potencial ofensivo. Mas a pobreza e o desemprego tendem a crescer ainda mais, e aí é só juntar 2 e 2 para dar 4. É um barril de pólvora, sem sombra de dúvida.

E fico pensando nisso, todos esses bilhões servirão para fazer um remendo nos buracos que o terremoto deixou, mas o Haiti continuará sendo “a África das Américas”, “o país mais pobre das Américas”, e por aí vai. É claro que não há uma resposta fácil. Esse lance de ajuda internacional é muito, muito, muito complexo. Quando penso que quero trabalhar com isso, fico em crise também. Há uma gama bem extensa de autores que acreditam que a ajuda internacional, DA MANEIRA COMO FOI FEITA, condenou a África à estagnação. Eu não curto muito essa linha de argumentação na medida em que ela tira dos africanos o papel de protagonistas de sua própria história, parece que os países ricos são, after all, culpados por tudo. Mas muito do que esses autores dizem é verdade. A ajuda alimentou corruptos e não ajudou a criar infra-estrutura na maioria dos lugares para as quais foi direcionada, é um fato.

Eu ainda preciso estudar muito, ler demais, para poder, enfim, saber o que acho disso. Estou caminhando lentamente nessa direção. Tem um autor chamado William Easterly que escreveu um livro super crítico à ajuda, chamado “The White Man’s Burden: Why the West's Efforts to Aid the Rest Have Done So Much Ill and So Little Good”. É bem cáustico e ele menciona essas mega celebridades que se envolvem em causas humanitárias, se referindo ao U2 como “the White Man’s Band”.

Uma vez li uma entrevista com um pesquisador africano (tento lembrar a todo custo a nacionalidade dele, mas não consigo) que também é um grande crítico à ajuda internacional como a conhecemos hoje. Saiu nas Páginas Amarelas da Veja, bem improvável. Em um dado momento da entrevista, perguntam a ele sobre o famoso livro do Jeffrey Sachs, “O Fim da Pobreza”, e sobre o que ele acha do Sachs e tal. O livro é um clássico, bom ou ruim, sobre a ajuda internacional. O pesquisador menciona a solução proposta pelo Sachs para resolver o surto de malária em muitos países africanos. Não lembro a frase exata, mas ele disse algo como “Sachs sabe como foram resolvidas outras epidemias causadas por insetos em países fora da África, e sabe que não foram resolvidas simplesmente com mosquiteiros. Então, por que propõe essa solução para a África?”. Beeeeem interessante! Agora vou ver se acho essa entrevista no Google e tentar descobrir mais a respeito desse pesquisador/autor.

Caraca, eu ia falar duas linhas sobre África e escrever um pouco sobre Invictus, do Clint Eastwood. Mas esse post tá grande demais. Vou começar outro.

Tchau, tchau.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Acolhido de volta pela interweb

Pobre Piçonga, me ausento do mundo virtual por 2 semanas (em busca de estágio, mais sobre isso em seguida), e agora, novamente com acesso aa internet, vejo nenhum post novo (essa coisinha postada hoje não conta), e a despedida de expedito em um comovente email, onde ele se diz deslocado e justifica seu desligamento, afirmando que prefere permanecer prestigiando dos bastidores sem envolvimento direto. Que seja.
Pelo menos há um comentário novo de alguém que não nós três.

Agora, enquanto está fresco na cabeça, posso dizer que processos seletivos pra estágio são uma merda. Fiquei lá um puta tempão, fazendo teste de inglês, dinâmica de grupo, entrevista, mais entrevista. Aí no final sobram 3 negos, você vai lá, é entrevistado ("fale sobre você" "você quer trabalhar nesta empresa ou quer muito trabalhar nesta empresa?" "você está namorando?" "quais seus planos a longo prazo para constituir família?" e etc) e é isso. Chamam o outro cara e eu volto pra casa. Parabéns, perdi 2 semanas de férias a toa, porque as psicólogas acharam ruim que eu não namoro e não tenho planos muito definidos pra minha futura família.
Parece despeito de quem não conseguiu a vaga? É, parece. Mas mesmo que eu tivesse passado, o método é escroto. As dinâmicas são ficar brincando enquanto as psicólogas observam e tiram conclusões a partir dos detalhes. Ah, olhou pro lado, deve ser inseguro. Ah, tá rindo muito alto, deve ter problema em casa. Ah, tem cara de bobo. Sei lá, em momento nenhum as competências são testadas. Parece que as pessoas são eliminadas de cada etapa meio aleatoriamente, por bobagens que nada tem a ver com o emprego. Por que não, surpresa, testar as competências exigidas para o emprego? Quero dizer, ok, habilidade social ou seja lá o que for que estão buscando com essas questões tem sua importância e tudo o mais, mas não vamos ser animadores de auditório, e sim engenheiros! Perguntem sobre algo minimamente relacionado a o que será feito todo dia! E daí que não estou namorando? Que raio de relevância isso tem? Vão se fudê.
Não estou nervoso ou puto, como talvez possa parecer. Só meio desiludido, foram as primeiras entrevistas de emprego da minha vida. E não gostei. Se eu tivesse passado não estaria tão revoltado? É possível (por hipocrisia, algo como 'se eu passei, então o sistema funciona'), mas que os métodos usados são uma escrotisse, são.
Que, o Bonobo não faz mais parte do blog?
E ng mais escreve aqui (leia-se, Daniel?)?
Bom, depois vou escrever sobre Invictus, o novo filme do Clint Eastwood. Tá GÊNIO.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Sequência de vídeos que assisti no youtube, em ordem:

1- Lígia - Tom Jobim
2- Chatuba de Mesquita - Furacão 2000?
3- Anos Dourados - Tom Jobim

Aí, descrente da qualidade sensacional das legendas deste último (devem ter posto o estagiário chinês pra fazer, e ele conseguiu mudar todo o sentido da letra -isso quando faz algum sentido), eu ia por o vídeo aqui, quando me dei conta que a sequência inusitada dos vídeos também deve ser única na história do youtube e merecia ser citada.
ps: depois fiquei vendo uns vídeos de um tal de Naudo. É um negrão que toca violão. Nos comentários, alguém falou que ele parecia o Jimi Hendrix. Até aí, beleza, ele tem uns dreads no cabelo. Mas outro cara falou que não, que ele parecia o Olavo Bilac.
Não sei o que comentar sobre isso.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

12/1/2010  17:53:48  Daniel  Benê  alox o sr jamais utilizará seus privilégios de autor no piçonga?
12/1/2010  17:54:47  Daniel  Benê  outro dia mandou um email sobre aquecimento global que seria um bom post, por exemplo. como qlqr merda, nota-se que a temática do blog é absolutamente aberta
12/1/2010  17:55:16  Benê  Daniel  hmm.. eu pensei a respeito
12/1/2010  17:55:28  Benê  Daniel  mas eu fico sem graça! huahauhaa
12/1/2010  17:55:33  Daniel  Benê  o sr é um fita, que aceitou ser autor só pra ter seu nome escrito ali embaixo
12/1/2010  17:57:58  Benê  Daniel  huahauhaua.. vá!
12/1/2010  17:58:15  Benê  Daniel  é que eu me sinto estranho em escrever lá!
12/1/2010  17:58:33  Benê  Daniel  é uma coisa já comum pra vc e pra carol, pra mim ainda não
12/1/2010  17:58:47  Benê  Daniel  mas, eu posso fazer o texto..
12/1/2010  17:58:55  Benê  Daniel  mas, vai ser estranho!
12/1/2010  18:00:28  Daniel  Benê  hmm. creio que só funciona na base da ameaça
 postarei sobre sua inatividade e viadagens se nao se manifestar
 ou não. não se sinta coagido, mas, hmm, quero dizer, nao faz sentido. se quer ser leitor nao tinha que aceitar ser autor, sei lá, se arrependeu? fica o nominho lá, mas ele não se manifesta, é estranho também, eu acho
 não precisa ser um post bombastico polemico, sei lá, poe um oi só
12/1/2010  18:00:56  Daniel  Benê  evidentemente nao estou tentando força-lo a participar se nao quiser, só encorajando caso queira e lhe falte a coragem
12/1/2010  18:01:40  Benê  Daniel  tá certo! obrigado!
12/1/2010  18:01:59  Benê  Daniel  posso, inclusive, começar postando sobre essa minha insegurança, sei lá!
12/1/2010  18:02:02  Benê  Daniel  huahauhauha
12/1/2010  18:04:40  Daniel  Benê  sim, a franqueza é a melhor atitude. aliás, essa reflexão dará um post futuro, gostei. a franqueza é sensacional em qualquer situação, se parar pra pensar
12/1/2010  18:05:45  Benê  Daniel  hauahauhaa.. boa! temas surgindo! 
12/1/2010  18:07:00  Benê  Daniel  fico a observar vcs.. carol trata o blog como sendo um divã de psicanalista.. fala sobre coisas bem sentimentais, pensamentos, sem se preocupar muito em ser clara.. às vezes, gosta de fazer resenhas..
12/1/2010  18:07:46  Benê  Daniel  vc, posta sobre temas específicos.. é sempre claro na mensagem que quer passar..
12/1/2010  18:07:46  Benê  Daniel  os dois tem perfis definidos..
12/1/2010  18:07:55  Benê  Daniel  eu não sei qual seria o meu jeito! hahauhauah..
12/1/2010  18:08:13  Benê  Daniel  não quero ser cópia, mas não quero destoar muito tb.. (ou será que eu poderia)
12/1/2010  18:09:17  Daniel  Benê  sei lá, animal, escreve qlqr coisa
 copie e cole esta conversa de msn e pronto
12/1/2010  18:10:29  Benê  Daniel  hmm.. vamos ver!

Primeiro post

É estranho passar a ser um dos autores de um blog que um cara da faculdade criou com seus amigos do colegial. Você se sente, no mínimo, deslocado! Pessoalmente, eu conheço apenas esse ser cor-de-rosa apelidado aqui de Wlad, mas que para mim é o Velho. A Carol, eu a chamo de menina apaixonante*. Meu único contato com ela foi através dos textos que ela escrevia no antigo Piçonga e de algumas bisbilhotices via Orkut. Não muito contato, portanto. Bom, valeu o convite, Velhote! E licença aí, mana Carol! Ele disse que aqui é para falar sobre o que quisermos. Espero, então, contribuir, através dos meus posts, com mais palavras bizarras para a busca do AcheSexo! Hahuahauha..

Abraços!

*Flerte barato, eu sei! Hauahuaha..

sábado, 9 de janeiro de 2010

Registre-se novamente a inferioridade do msn de 2010 quando comparado ao icq de 1999, ao ainda ser incapaz de tornar visível quem está invisível e manda mensagem (no icq a pessoa até aparecia com o olhinho, pra dar pra saber que ela estava invisível para os outros), obrigando-nos a buscar pelo nome dela nos contatos offline a cada mensagem, caso a janela de conversa seja fechada.
Também, evidentemente, é impossível ficar visível ou invisível seletivamente (sim, existe a lista de contatos bloqueados, mas estes não podem ver seu status e nem lhe mandar mensagens, então deixar alguém provisoriamente lá por qualquer motivo ocasiona potencial perda de mensagens).
Motherfuckers. Ainda não entendo completamente como aconteceu o êxodo icqano.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Que que é todo esse amor por São Luiz do Paraitinga?
Vejo pipocando no Twitter mil tweets (eca!) de jovens falando que devemos ajudar e tal. Sei lá, não vi nada disso sobre Angra ou mesmo sobre o Jd. Pantanal.
Não, eu não acho que temos que ajudar quem está perto (Jd. Pantanal), odeio essa vibe.
Mas me soa como O CARNAVAL LÁ É ANIMAL, BEBI MUITO, PEGUEI TANTA MULHER, ops, a cidade é tão linda, não pode acabar o Carnaval de marchinhas.
Sei lá, meio bobo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu to lendo um livro PODRE
"não somos racistas" - Ali Kamel
É uma merda, comprei pra criticar mesmo.
Depois vou escrever sobre ele.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O duro é que eu não tenho motivo nenhum pra me sentir culpada dessa vez. Eu fiz de um tudo, tudo que eu podia, insisti até onde eu achei que devia. Aí, quando eu decido que isso não dá pra mim, eu sou ruim, sou escrota, sou má.
Mas sabe, tudo isso me faz ver o quanto não dá pra mim. Não posso me sentir tão responsável por alguém a esse ponto...Eu só sou responsável por mim mesma. Se eu procuro terapia, fico tentando me entender, os outros que aprendam a lidar com seus fantasmas também!
Pode parecer um pouco cruel, mas eu não tenho estrutura - alguém tem?! - pra cuidar de alguém assim.
Mas eu tenho que ser forte, muito forte, pra não me sentir mal e não sentir o peso do dever de ajudar. Quando, na verdade, eu não estaria ajudando coisa nenhuma, mas só estancando o sangue de uma ferida...só. E talvez abrindo a minha de novo!
Se eu parei de atender telefonemas de desconhecidos porque achava que não estava ajudando, mas apenas criando uma dependência escrota, por que não usaria do mesmo bom senso com alguém que eu conheço tão bem?

Enfim........

sábado, 2 de janeiro de 2010

Achou

Em homenagem à potencial adição do Piçonga 2 no cadastro do nosso antigo parceiro AcheSexo, é hora de contribuir para a diversão advinda de buscas escrotas, sendo que as primeiras palavras-chave não podiam ser outras, apesar de já terem perdido seu appeal inicial:
Putaria no carnaval, reveillon, punheta, sexo, gostosas, boquete, tetas, pinto, caralho (eu não ia escrever, achando que provavelmente já era citado em outro post, mas surpreendentemente ainda não), bunda, buceta, grelo, porra (como não tem nem porra nos posts, inaceitável), cu, e palavras aleatórias pra unirem-se às anteriores, como macaco, banana, madruga, abajur, musicas, youtube, chuveiro, filmes, tijolo, glóbulo, carro, letras, warcraft, jesus, maconha, avião, globo e pinacoteca.
Tremi dos pés à cabeça agora. FODEL.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Promessas de Ano Novo e Boris Casoy pirando

Ai Jesus, eu tinha prometido ficar menos irritada e ser mais gentil esse ano - é, eu faço promessas -, mas o fato é: não consigo!
Quando ouço besteiras que me irritam muito, leia-se PARANÓIAS DA MINHA MÃE, fico imediatamente doida.
Eu realmente não me surpreenderia se um dia ela dissesse que tem medo de levantar da cama. Mesmo.
Enfim, vou manter a promessa e tentarei a todo custo ser menos irritada e mais gentil.
As outras promessas são gastar menos, voltar para a academia, estudar mais, sair mais com pessoas inesperadas e aprender a encerrar as coisas. Um pouco abstrato, néam. Mas eu entendi o que eu quis dizer.

Quando um novo ano começa, eu sou tomada por uma forte onda de otimismo. Pode ser uma bobagem, mas acho interessante encarar como um recomeço mesmo. Esse ano foi um pouco difícil, algumas tretas familiares e o fim de um loooooooongo namoro. Mas olha, eu aprendi algumas coisas e eu fiquei bastante orgulhosa de mim:

1. Alguns problemas são INSOLÚVEIS no matter how hard you try e você precisa entender isso; the sooner, the better.
2. Você SEMPRE aguenta.
3. É ótimo ficar sozinha(o).
4. Nada como ficar sozinha depois de muito tempo acompanhada. Sério.

Acho que negligenciei meu trabalho por ter ficado insatisfeita com as condições que me eram oferecidas e que era mesmo ultrajantes. A verdade é que não fui honesta como deveria, nem com eles, nem comigo. Anyway, não era o emprego dos meus sonhos e nem algo em que eu acreditasse.

Eu conheci muita gente esse ano. Mesmo. E me permiti conhecê-las, não foi algo aleatório. Olha, isso foi sensacional. Aprendi que demonstrar afeto é muito bom e que gentileza gera gentileza, de fato. Eu espero potencializar tudo isso esse ano.

Hum, e quero viajar mais, e de preferência ir a Madrid. Nunca senti tanta nostalgia de lá como agora.

Bom, feliz ano novo aos que possam ler esse pequeno texto.

E hoje eu estava vendo o jornal da Band e o Boris Casoy pediu desculpas por um declaração infeliz que fez sobre garis. Óbvio que fui ver do que se tratava. Cara, ele simplesmente falou em off - não sabendo que o jornal ainda estava no ar, por um problema técnico - algo do tipo "GRANDES MERDAS DOIS GARIS DESEJANDO FELIZ ANO NOVO DO ALTO DE SUAS VASSOURAS, O PONTO MAIS BAIXO NA ESCALA DO TRABALHO". Isso porque colocaram no ar a imagem de dois garis desejando feliz ano novo pros telespectadores e tal.

http://www.youtube.com/watch?v=0H9znNpeFao

OOOOOOOOOOOIIIIIIII, ficou bem louco?
Cara, eu acho incrível como as pessoas conseguem destruir em segundos a própria imagem. Infelizmente, não acho que isso vá ganhar a repercussão que deve, mas foi escroto demais. Que lindo, imagino como os garis devem ter se sentido.


Enfim, PARABÉNS BORIS CASOY, AHAZOU.
Ah, e isso vindo de alguém que diz que ISSO É UMA VERGONHA. BEIJOS. A voz, o bastião da moralidade. Babaca.