terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Acolhido de volta pela interweb

Pobre Piçonga, me ausento do mundo virtual por 2 semanas (em busca de estágio, mais sobre isso em seguida), e agora, novamente com acesso aa internet, vejo nenhum post novo (essa coisinha postada hoje não conta), e a despedida de expedito em um comovente email, onde ele se diz deslocado e justifica seu desligamento, afirmando que prefere permanecer prestigiando dos bastidores sem envolvimento direto. Que seja.
Pelo menos há um comentário novo de alguém que não nós três.

Agora, enquanto está fresco na cabeça, posso dizer que processos seletivos pra estágio são uma merda. Fiquei lá um puta tempão, fazendo teste de inglês, dinâmica de grupo, entrevista, mais entrevista. Aí no final sobram 3 negos, você vai lá, é entrevistado ("fale sobre você" "você quer trabalhar nesta empresa ou quer muito trabalhar nesta empresa?" "você está namorando?" "quais seus planos a longo prazo para constituir família?" e etc) e é isso. Chamam o outro cara e eu volto pra casa. Parabéns, perdi 2 semanas de férias a toa, porque as psicólogas acharam ruim que eu não namoro e não tenho planos muito definidos pra minha futura família.
Parece despeito de quem não conseguiu a vaga? É, parece. Mas mesmo que eu tivesse passado, o método é escroto. As dinâmicas são ficar brincando enquanto as psicólogas observam e tiram conclusões a partir dos detalhes. Ah, olhou pro lado, deve ser inseguro. Ah, tá rindo muito alto, deve ter problema em casa. Ah, tem cara de bobo. Sei lá, em momento nenhum as competências são testadas. Parece que as pessoas são eliminadas de cada etapa meio aleatoriamente, por bobagens que nada tem a ver com o emprego. Por que não, surpresa, testar as competências exigidas para o emprego? Quero dizer, ok, habilidade social ou seja lá o que for que estão buscando com essas questões tem sua importância e tudo o mais, mas não vamos ser animadores de auditório, e sim engenheiros! Perguntem sobre algo minimamente relacionado a o que será feito todo dia! E daí que não estou namorando? Que raio de relevância isso tem? Vão se fudê.
Não estou nervoso ou puto, como talvez possa parecer. Só meio desiludido, foram as primeiras entrevistas de emprego da minha vida. E não gostei. Se eu tivesse passado não estaria tão revoltado? É possível (por hipocrisia, algo como 'se eu passei, então o sistema funciona'), mas que os métodos usados são uma escrotisse, são.

5 comentários:

Carol disse...

Dinâmica de grupo não é GÊNIO.
Acabei de voltar de uma e é realmente tosco...Tivemos que fazer um tabuleiro de xadrez usando apenas folhas sulfite e um pedaço minúsculo de durex. TOSCO.

vovó mafalda disse...

A arquitetura de um tabuleiro de xadrez não dá muita margem pra criatividade ou solução de problemas... e onde o durex entra na história é um mistério também

Bonobo disse...

Fiz algumas dinâmicas nessa vida. Depois de muito fracasso e algum sucesso, acho que o grande lance é: jogue conforme as regras, diga o que eles querem ouvir, comporte-se como o esperado... Nada difícil de se fazer! (eu acho)

Se o processo fosse, como sugeriu o Velho, baseado apenas nas suas capacidades técnicas, será que essa seria a melhor forma? Como isso se daria? Análise de currículo? Prova? Eu, particularmente, com minha coleção de DPs e seis anos de faculdade, estaria na roça certamente.

Acho que a questão toda dessas "brincadeiras" é tentar ver se você é um cara que sabe dividir, que sabe trabalhar em grupo, sabe ser criativo, se tem bom papo, se é tímido, simpátio, ... O que for que eles esperam ser as qualidades do tal perfil da empresa! Agora, se os magos do RH fazem isso com maestria, eu não discuto! hehehe..

O melhor aluno da minha turma, o Xumasso, só para contar uma história, tinha média ponderada nas alturas, matérias fodidas no currículo, inteligência invejável, mas, sem brincadeiras, o cara tinha um problema incrível com banho e troca de roupas! Juro por Deus! Laboratório com esse cara era um suplício! Por algum motivo estranho ele achava que tinha que usar por duas ou três vezes seguidas a mesma camiseta até ter que trocá-la. O cara não tinha amigos, não bebia, não saia e não fodia. Quando todo mundo estava na neura por estágios, ele me disse que achava o processo todo muito injusto porque eles não consideravam a média do cara nem seu currículo. No saldo geral, foram os "vagabundos" da minha turma que conseguiram as melhores vagas. Ele ficou puto! (e eu nem achei injusto, não) :p

Esse método de escolha de candidatos vigente no momento tem um monte de falhas, mas até que "funciona". O lance é você ir lá sabendo o que tem que fazer e dizer. É ir lá para se sujar, para jogar com as regras dos ilustres estudiosos de RH. Sei lá!

Não desanime, Velhote! Reflita sobre o que se passou e tente ver o que você "errou" e, daí, faça diferente nas outras vezes. Vai tudo dar certo! O senhor é um cara ímpar e de qualidades estrogonoficamente fantárdigas! Boto fé! :p

Carol disse...

Vc é um fanfarrão mesmo, vem aqui, escreve um comentário KILOMÉTRICO e não tem a deceência de continuar no blog? faça-me o favor.


hahahahha

Bonobo disse...

Carol, na vida, o que vale a pena é causar!! hauhauah.. :p